Trabalho de plantio no Oeste do estado começou a todo vapor.| Foto:

Bastou o encerramento do período de vazio sanitário para as máquinas ganharem os campos no que pode ser a maior safra de soja da história do Paraná. O plantio da temporada 2015/16 teve início com clima favorável no Oeste do estado, primeira região do estado a dar início aos trabalhos. Nos próximos dias, há a previsão de mais precipitação no Oeste, contribuindo para continuidade da semeadura.

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Os produtores rurais da região de Juranda, no Noroeste do Paraná, estão na expectativa de um clima favorável ao desenvolvimento da soja, que teve o início do plantio no último sábado (19). Eles esperam a colaboração de ‘São Pedro’. “Se vier chuva e sol no tempo certo, vamos fazer uma excelente colheita”, diz o agricultor Moacir Rodrigues de Souza, que no ano passado plantou 80 alqueires de soja e conseguiu colher apenas média de 135 sacas. “O clima não ajudou, teve muito sol e chuva em períodos de desenvolvimento da lavoura e isso prejudicou a produção”, contou Souza, que não plantou milho de verão. “A produção não paga os custos”, disse.

Neste ano, o agricultor mudou a variedade e espera atingir médias superiores a 145 sacas por alqueire. “A expectativa é de 145 a 155 sacas por alqueire. Estamos apostando na variedade e no clima, se houver a combinação, vamos colher muito bem”.

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Souza conta que parte da lavoura já foi comercializada a R$ 65,00, a saca. “Fechamos um contrato futuro de 1,2 mil sacas para quitar parte do custeio. A outra parte vai ficar estocada aguardando melhores preços”.

O agricultor Germano Mateus também está otimista com a variedade de semente e com o clima. Ele está plantando 50 alqueires de soja e espera superar a colheita do ano passado. “O clima não foi muito favorável, conseguimos média de 130 sacas. Na próxima, esperamos atingir média de 150 sacas, isso se o clima ajudar”, comentou.

Mateus deixou a cultura de milho verão há três anos. “O custo é muito alto, não vale a pena plantar”, lembrou.

A estimativa é que a oleaginosa cubra 5,2 milhões de hectares, com potencial para 17,8 milhões de toneladas. Por outro lado, o milho verão, que também já começou a ser plantado, perdeu 19% da área, devendo ocupar 440 mil hectares, para um produção estimada de 3,8 milhões (t).

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