A soja mais uma vez foi a grande estrela na lista de produtos mais exportados pelo Brasil. Em abril, grãos, farelo e óleo da leguminosa tiveram participação de 52,5% nas exportações do agronegócio brasileiro. Os dados são da balança comercial do agronegócio, divulgada nesta quarta-feira (10) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o Mapa, as exportações do chamado complexo soja cresceram 12,6% em relação a abril de 2016, com US$ 4,55 bilhões. A venda de soja em grãos foi o grande destaque, alcançaram o recorde para o mês de 10,43 milhões de toneladas (+3,4%). Em dinheiro isso resultou em US$ 3,95 bilhões (+11,8%). O preço médio do produto também subiu 8,1% no período, passando de US$ 350 para US$ 378 por tonelada.
Na segunda posição, no complexo soja, está o farelo, saindo de US$ 470,11 milhões (+4%) para 1,33 milhão de toneladas embarcadas (-7,2%) e preço médio no período de US$ 354 por tonelada (+12,0%).
As vendas externas de óleo de soja, por sua vez, totalizaram US$ 134,10 milhões (+124,5%), com alta no preço médio do produto (+8,2%) e na quantidade comercializada (+107,6%), com 181,34 mil toneladas.
Carnes
Na contramão do recorde da soja, o volume das vendas externas de carnes (bovina, suína e de aves) caiu 22,1%. A elevação de 15,8% do preço médio dos produtos do setor, em abril, no entanto, minimizou a queda na quantidade. As exportações de carnes totalizaram US$ 1,08 bilhão em abril, uma redução de 9,8% ante US$ 1,19 bilhão verificado no mesmo mês do ano anterior.
O principal item negociado no mês foi a carne de frango, com US$ 543,14 milhões (-11,2%). Com a comercialização de 317,71 mil toneladas no mês, houve variação negativa de 23% em relação a abril de 2016. O preço médio no mercado internacional passou de US$ 1.482 por tonelada para US$ 1.710 por tonelada (+15,3%).
Já as vendas externas de carne bovina diminuíram 13,8% em valor, totalizando US$ 362,10 milhões. Em quantidade, houve queda de 18,3%, sendo embarcadas 88,80 mil toneladas. O preço médio subiu 5,5%, atingindo a cotação de US$ 4.078 por tonelada. As exportações de carne suína atingiram US$ 130,24 milhões (+19,5%), com queda de 17% no volume comercializado e elevação de 44% na cotação do produto no período.
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