A recente alta do dólar tem sido insuficiente para impulsionar as vendas antecipadas de soja no Brasil, com agricultores retraídos em meio à alta de custos de insumos importados, à queda dos preços em Chicago e com bons volumes já comercializados em meses recentes.
"A venda não está muito forte", aponta o analista Jerson Carvalho Pinto, da corretora Diversa, de Rondonópolis (MT). Segundo ele, compradores estão oferecendo R$ 63 a R$ 64 por saca de soja com entrega em fevereiro e março no interior de Mato Grosso, enquanto os produtores pedem cerca de R$ 70 para fechar negócios.
"O valor oferecido não está satisfazendo, porque o pessoal tem que comprar insumo em dólar", destacou. A cotação da moeda tocou a máxima de R$ 3,81 nesta quinta-feira, maior nível intradia desde 11 de dezembro de 2002.
Na direção contrária, os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago estão sendo negociados perto do menor valor desde abril de 2013, pressionados por temores com a demanda chinesa e a proximidade de uma grande colheita nos Estados Unidos. O contrato futuro mais negociado, o novembro, acumula perdas de cerca de 8% desde o início de agosto.
"Com um grande volume da produção, tanto da safra velha como da próxima temporada, comercializado, os vendedores continuam na defensiva, de olho no comportamento cambial. Neste contexto, volume de negócios evolui de forma limitada", destaca a Informa Economics FNP em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais