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No município que mais planta soja no Brasil, o risco de irregularidade climática descrito nas previsões meteorológicas para esta safra ainda é só ameaça. Os mais de 630 mil hectares cultivados com a oleaginosa em Sorriso (Médio-Norte do Mato Grosso) estão recebendo chuvas regulares, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo.

Em 15 dias, os produtores locais conseguiram finalizar o plantio da temporada 2013/14. “Começamos a plantar uma semana mais tarde em relação ao ano passado e terminamos duas semanas antes” , comemora Laercio Pedro Lenz , presidente do Sindicato Rural no município.

Neste início de safra, as expectativas são bastante positivas entre os produtores. Os rendimentos esperados superam as previsões para o estado, que pretende colher mais de 25 milhões de toneladas de soja pela primeira vez.

“A produtividade deve ser igual ou maior que no ano passado” , aposta o produtor João Antonio Grittti. Ele tem a meta de retirar da lavoura, ao menos, 54,5  sacas por hectare, resultado da sua última colheita.

Medo de praga

As plantações de soja crescem em Sorriso rodeadas pela atual  maior praga da agricultura brasileira. A luta contra a Helicoverpa armigera começou neste ano em Sorriso.

Segundo Lenz, o ataque do inseto é generalizado. Em sua fazenda, a praga apareceu em 40% dos 850 hectares plantados com soja. O produtor mostra-se assustado com a incidência da lagarta no município. Na tentativa de controla-la Lenz fez aplicação de inseticida logo no início do ciclo das plantas. Cada aplicação do veneno aumenta em R$ 22 por hectare o custo da safra.

Outra praga que ameaça os rendimentos da oleaginosa é a mosca branca, que no ano passado derrubou a produtividade média de alguns produtores do município.

De Sorriso, a Expedição Safra Gazeta do Povo segue para os municípios de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, também no Médio-Norte. Até o final dessa semana a equipe que percorre o Centro-oeste do país visita ainda lavouras de Campos de Julio, Primavera do Leste e Rondonópolis

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