Os três estados do Sul do Brasil e São Paulo são os locais que mais demandam apólices de seguro para máquinas agrícolas. Juntos, os quatro representam 42% de toda a demanda desse tipo de produto. As informações são da Porto Seguro, que acaba de lançar uma linha específica para donos de tratores, implementos, colheitadeiras, entre outros.
Esse mercado específico para equipamentos usados no campo, que durante anos esteve englobado em outras categorias de seguro, tem conquistado um status próprio e ganhado importância. Somente no ano passado a estimativa é que o setor tenha movimentado R$ 1,1 bilhão.
Marcelo Santana, gerente de ramos elementares da Porto Seguro, diz que o fato de o agronegócio se manter aquecido em um momento delicado para outros setores da economia foi um dos motivos de a empresa ter lançado o novo produto.
“O que se ouve falar na mídia, que o PIB [Produto Interno Bruto] está caindo, com um crescimento muito pequeno, com decréscimo no ano passado, isso é para o PIB de uma forma geral. Quando se fala em agronegócio é o setor que vem segurando de forma significativa o país. E dentro desse segmento de agronegócio estão os maquinários. Cada vez mais a produção rural vem contado com o apoio de máquinas agrícolas”, disse.
Não há um balanço atualizado do número de roubos, furtos e acidentes com máquinas agrícolas no Brasil. Santana, no entanto, explica que o setor de máquinas agrícolas tem um índice de sinistralidade de aproximadamente 49%. Isso quer dizer que para cada R$ 100 pagos em seguro, R$ 49 voltam aos contratantes das apólices.
Seguro agrícola em números
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é quem regula o mercado de seguros no Brasil. O órgão informa que os seguros para máquinas agrícolas, até o momento, estão inseridos nos ramos “Benfeitorias e Produtos Agropecuários” e “Penhor Rural”. “Nestes segmentos estão incluídas também as coberturas para estoques agrícolas e armazéns, porém os valores são contabilizados por ramo e não podem ser segregados por cobertura”, informa a entidade.
Em relação a valores, de 2012 até 2016, os prêmios dos seguros saltaram de R$ 669,6 milhões para R$ 1,1 bilhão (quase o dobro). O número de sinistros ocorridos (quando o valor do seguro é pago ao detentor da apólice) aumentou de R$ 186,9 milhões em 2012 para R$ 515,6 milhões em 2016.
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