Objetivo é reduzir custos, com vantagens para o consumidor e o abastecimento de alimentos livres de resíduos que ofereçam riscos à saúde.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Frutas, verduras e legumes com origem certificada terão participação maior nas gôndolas dos supermercados do Paraná, seguindo uma tendência mundial de consumo. Mais do que procedência conhecida, esses alimentos apresentam comprovação de qualidade e uso correto de defensivos agrícolas.

CARREGANDO :)

O incentivo à certificação vem de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que, segundo o Mapa, apresentou bons resultados em Santa Catarina, num projeto piloto envolvendo mais de 30 grandes redes de mercados. Além do Paraná, o Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (Rama) será implantado no Rio Grande do Sul. As centrais de abastecimento de São Paulo (Ceagesp) e a de Minas Gerais (Ceasa Minas) também deverão estimular seus fornecedores a produzir alimentos mais seguros e com rastreabilidade. De acordo com o ministério, as datas para implantação do programa ainda não foram definidas.

Publicidade

A cooperação amplia o acesso do agricultor a boas práticas de produção integrada agropecuária. O objetivo é reduzir custos, com vantagens para o consumidor e o abastecimento de alimentos mais saudáveis, livres de resíduos que ofereçam riscos à saúde.

O Rama é baseado no monitoramento e rastreabilidade de frutas, de legumes e de verduras (FLV), monitora resíduos de defensivos utilizados desde a produção até o ponto de venda. A principal meta é garantir que resíduos encontrados nos alimentos estejam dentro do nível permitido legalmente, estando, portanto, seguros para o consumo humano.

O superintendente da Abras, Márcio Milan, disse que a entidade e o Mapa buscam maneiras de incluir todos os envolvidos na produção de vegetais e de frutas, até mesmo fabricantes de agroquímicos, para que garantam produtos seguros e de qualidade.

Agricultores irão receber treinamento para fornecer produtos com maior valor agregado e varejistas para vender alimentos seguros. Milan informou que os produtos que mais preocupam em relação ao excesso de agroquímicos são o pimentão, o morango e a laranja. Garantiu que as medidas de proteção não deverão aumentar os custos para os consumidores.