Entre outros benefícios, técnicos, agronômicos e econômicos, que facilitam o ma­­nejo e que melhoram o desempenho das lavouras, o plantio direto tem outra contribuição im­­portante ao processo produtivo. Um papel preponderante no equi­lí­brio ambiental, de conciliar as ações produzir e preservar. A fun­­ção da palhada, característica central do sistema, é conhecida e am­­plamente difundida. A premissa básica está em proteger e preservar o solo. Pouco se fala é da sustentabilidade desse modelo en­­quanto agente de preservação dos recursos naturais, além da terra.

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Primeiro que, ao deixar de revolver a área, o plantio direto reduz a emissão de CO², seja da operação de máquinas ou então do gás presente no subsolo. Há, inclusive, pesquisadores que defendem a tese de que a correta aplicação do sistema deve gerar créditos de carbono. Em tempos de revisão do Código Florestal Brasileiro, a técnica fomentada há três décadas no Brasil e no mundo ganha evidência não apenas por causa da palhada ou por ter aposentado os arados. A preservação e recuperação de rios, nascentes e reservatórios de água também têm a ver com o plantio direto.

Exemplo disso é o Lago de Itaipu. Na edição de hoje, o Ca­­minhos do Campo revela qual a relação do plantio direto com o lago que sustenta a maior hidrelétrica do mundo. A re­­portagem explica isso em detalhes, mas a adoção desse modelo de cultivo ao entorno das áreas alagadas evita o assoreamento do lago. A mesma regra vale para áreas cultivadas próximas de outras fontes e cursos d’água. Em suma, falar de plantio direto é tratar da sustentabilidade econômica e ambiental do agronegócio.

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