As quantidades preocupantes de solo perdido pela erosão no início dos anos 80 exigiram dos agricultores paraguaios soluções rápidas e eficientes para o problema. A constante troca de experiências por conta da grande presença de brasileiros no país teve significativa importância na mudança de técnicas de preparo da terra para o plantio. Um dos últimos da América do Sul a adotar o sistema, o país vizinho tem hoje quase 90% da área cultivada coberta pelo Plantio Direto na Palha, posição privilegiada quando o assunto é sustentabilidade.
"As chuvas torrenciais e a erosão faziam nosso solo sangrar. As enxurradas lavavam todos os nutrientes da terra, quase toda levada até os rios. Chegamos a ter quase 700 toneladas de solo perdidas por ano", conta Erni Antonio Schlindwein, responsável por levar e disseminar o PDP no Paraguai. No começo, lembra, as dificuldades eram grandes, intensificadas pela falta de informações e de equipamentos adequados. "O jeito foi improvisar."
Custos
Com o tempo, observo u-se que, além de ser uma excelente solução para a erosão, o PDP ainda ajudava a aumentar o rendimento e reduzir os custos de produção. Vendo na prática as vantagens da nova técnica divulgada pelas cooperativas com incentivos de programas do governo, outros agricultores começaram a adotá-la. Perceberam na rotatividade de culturas um importante benefício econômico, plantando e colhendo durante todo o ano.