Depois de percorrer Mato Grosso e Mato Grosso do Sul nas últimas semanas, a Expedição Safra Gazeta do Povo iniciou a sondagem a campo pelo Paraná. Primeira parada: sede da Embrapa Soja, em Londrina, no Norte do estado. Em reunião técnica com o chefe-geral da empresa, Alexandre Cattelan, e os pesquisadores José Renato Bouças Farias (chefe de Pesquisas), Amélio Dall´ Agnol (chefe de Transferência de Tecnologia) e Luiz Carlos Miranda (gerente), a equipe de técnicos e jornalistas discutiu o mercado brasileiro de sementes e descobriu que a empresa buscas ampliar a sua ampliar sua presença nos campos brasileiros.

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A Embrapa chegou a ser líder absoluta com mais de 60% do mercado de sementes de soja no ano 2000, viu sua participação cair a 40% em 2006 e hoje responde por menos de 10% da comercialização nacional. A meta é ampliar essa participação para 20% nos próximos anos. Para isso, trabalha em duas frentes diferentes. Para ganhar espaço no mercado de sementes transgênicas, a estratégia adotada é a parceria com empresas estrangeiras. Para avançar no nicho convencional, a empresa aposta na cooperação com entidades nacionais.

Nesse caso, a parceria envolve todos os elos da cadeia, como ocorre no Soja Livre. O programa, desenvolvido em conjunto com a Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange) visa ampliar a oferta de variedades de soja convencional ao produtor. O projeto piloto foi lançado na safra 2010/11 em Mato Groso e estendido para o Paraná e outros estados nesta temporada.

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Seja na soja transgênica ou convencional, o desenvolvimento de novas variedades mais modernas e produtivas é fundamental, mas não é suficiente para garantir bons resultados ao agricultor, sustenta Farias. "A adoção de boas práticas de manejo são tão importantes quanto. É preciso avançar também em técnicas de correção e conservação do solo, por exemplo. E a Embrapa continua muito ativa nesta frente", destaca.