A história dos Daroit começou em Renascença (a 50 quilômetros de Pato Branco), no Sudoeste do Paraná, onde eles mantinham uma cerealista. Ainda na década de 70, os primeiros integrantes da família mudaram-se para Sorriso, onde chegaram como desbravadores.

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Hoje, o grupo formado pelos Daroit é quase um "case" da agricultura no Mato Grosso. Eles estão entre os maiores produtores do estado. Na safra 2006/07 plantaram 15 mil (ha) de soja e 9 mil (ha) de milho, entre safra e safrinha, distribuídos em áreas nos municípios de Sorriso, Sinop e Vera.

Luciano Daroit, agrônomo formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que a área cultivada já foi maior. Em 10 anos, o grupo saiu de uma área de 3 mil (ha) para 30 mil (ha). "Antes se investia para produzir mais, e agora, para não cair muito a produtividade", explica Luciano, ao destacar que no início era mais fácil produzir, com um custo menor. Ele está há 11 anos no Mato Grosso, onde trabalha para a família.

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Também do Sudoeste do Paraná, partiu nessa aventura Ceni Zílio. Há 22 anos ele deixou Vitorino e se estabeleceu em Campo Verde, ainda em terras arrendadas. Mais tarde adquiriu 700 hectares em Primavera do Leste, fazenda que toca com a ajuda do filho, Marcelo, também formado em agronomia pela UFPR.

A nova fronteira não seduziu só produtores, mas atraiu também cooperativas. Um exemplo é a C.Vale, com sede em Palotina (Oeste do Paraná), que chegou no Mato Grosso em 1982 e tem unidades em Diamantina, Nova Mutum, Sinop, Santa Carmem e Vera. Em Nova Mutum são 100 produtores cooperados, que somam uma área de 25 mil hectares. O gerente Amarildo Macini calcula que entre 80% e 90% do quadro associado são agricultores que do Paraná e do Rio Grande do Sul.

O Paraná faz ainda pesquisa em solo mato-grossense. A Coodetec, cooperativa com sede em Cascavel, mantém um centro de pesquisa em algodão em Primavera do Leste.

No Mato Grosso existem pouco mais de 50 mil produtores.