Boa parte da alta na soja se justifica nos fundamentos do mercado, com a entressafra nos países produtores, a demanda firme da China e a produção de grãos menor em alguns países, como é o caso do trigo na Europa, com destaque para a Rússia, por causa da seca. Mas não é só isso. Tem dinheiro novo agindo na Bolsa de Chicago (CBOT). Segundo Steve Cachia, os especuladores reapareceram em função do risco e de perdas já consolidadas em safras ao redor do mundo.
Matthew Pierce (PitGuru.com), operador no pregão da CBOT, diz que o trigo deve provocar variações no mercado de grãos por mais alguns dias. Ele acredita que a influência do cereal nas cotações está para terminar. Na semana passada, o trigo chegou a ser comercializado acima de US$ 7,80. O melhor preço até então foi há 14 meses: US$ 6,74. Ontem, a cotação era de US$ 7,12 (primeiro contrato).
A alta do trigo leva junto soja e milho porque o cereal produzido na Rússia tem baixa qualidade e é exportado basicamente para ração. As perdas na antiga União Soviética somam entre 15 e 20 milhões de toneladas, segundos os especialistas. Da produção inicial estimada em 108 milhões de toneladas, 34 milhões deveriam ser exportadas, mas isso não ocorrerá sem afetar o mercado interno, lembra Alvaro Ancede, do The Laifa Group. Esse foi um dos motivos que levou a Rússia a proibir as exportações.
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