O Paraná deve cessar as importações de trigo a partir de setembro, quando está prevista a entrada de maior parte da colheita da safra 2013/14 no mercado, informou nesta quinta-feira (28) o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado (Seab). Até o momento, 4% das lavouras foram colhidos. Apesar de o indicador estar praticamente em linha com a média histórica para esta época do ano, o volume retirado dos campos foi insuficiente para suprir a necessidade de moagem da indústria em agosto. De acordo com o Deral, o déficit foi de 80 mil toneladas. Para o próximo mês, no entanto, está prevista a entrada de ao menos 1 milhão de toneladas do cereal de um total de 4 milhões de toneladas que serão produzidas até o fim da temporada.
Ao mesmo tempo em que se prevê uma maior oferta do grão há perspectiva de desvalorização do trigo. O Deral chega a cogitar intervenção do governo federal no mercado, seja via o programa de Aquisição do Governo Federal (AGF) ou de equalização dos preços. Atualmente, as cotações do produto praticadas estão 5% abaixo do mínimo estipulado pelo governo, R$ 33,45 por saca. Segundo levantamento da Seab, os preços estão em torno de R$ 31 nas praças paranaenses, mas poucos negócios estão sendo realizados.
Apesar do aumento da área destinada à cultura e da produção, o Brasil ainda dependerá de fornecedores externos para abastecer a demanda doméstica. Neste ano, porém, a dependência seria reduzida a 5,5 milhões de toneladas, contra 6,4 milhões compradas no exterior no ciclo passado.
Líder nacional em produção, o Paraná vem reduzindo suas importações. De janeiro a julho deste ano, o estado buscou 20% menos trigo em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados oficiais. Em sete meses, foram adquiridas pouco menos de 280 mil toneladas do cereal, contra cerca de 350 mil toneladas compradas nos primeiros sete meses de 2013.
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