Cultura está em fase inicial de desenvolvimento nos campos dos estados produtores e tem potencial para alcançar cerca de 7 milhões de toneladas.| Foto: Marcelo Andrade / Gazeta Do Povo

A produção de trigo do Brasil, que em abril foi estimada em 6,7 milhões de toneladas, deve ser ainda maior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe novo aumento na projeção de área, produtividade e, consequentemente, de colheita do cereal, cultivado no inverno. Para a estatal, o país tem potencial para retirar das lavouras 6,88 milhões de toneladas, 25% mais que o resultado alcançado na temporada passada.

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O terreno ocupado pela cultura foi elevado em mais de 20 mil hectares, para 2,546 milhões de hectares. E a previsão de produtividade também subiu em relação ao último mês, para 2,7 mil quilos por hectare (o equivalente a 45 sacas por hectare) – cerca de 1 saca a mais se comparado ao rendimento médio de abril, de 2,66 mil quilos por hectare, ou 44,3 sacas.

Apesar do aumento na estimativa de produção, a Conab manteve o número de importação do Brasil em 5,750 milhões de toneladas (o mais baixo dos últimos quatro anos). Houve alteração somente no estoques do país, que devem terminar a safra 2013/14 com o mais alto volume dos dois últimos anos, 1,19 milhão de toneladas, caso a produção seja atingida.

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ClimaA estatal ressalta, porém, que o cereal é uma das culturas que mais deve sofrer os efeitos das mudanças climáticas previstas para os próximos meses, porque os trabalhos de semeadura da cultura ainda estão começando. O resultado, portanto, pode ser alterado, destaca a Conab. “Com a proximidade do inverno, será natural a ocorrência de geadas nas serras das Regiões Sul e Sudeste, e isto não tem relação com o fenômeno El Niño-Oscilação Sul”, diz um trecho do relatório.

ParanáMaior produtor nacional, o Paraná é o estado que mais avança em produção. Segundo a Conab, a colheita estadual tem condições de registrar alta de 84% em relação ao ano passado e chegar a 3,39 milhões de toneladas e produtividade média de 2,67 mil quilos por hectare. O plantio da cultura alcança cerca de 40% da área no estado, conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria da Agricultura (Seab). Maior parte das plantações (71%) está em desenvolvimento vegetativo e 29% em germinação.