Exportadores de trigo na Europa Ocidental estão enfrentando dificuldades para escoar uma grande colheita e podem ter que aguardar o melhor momento até que os compradores tenham aproveitado as ofertas mais baratas da Europa Oriental, disseram operadores e analistas.
Os maiores exportadores de trigo da União Europeia, França e Alemanha, estão acostumados a serem ultrapassados pelos países do Mar Negro, como a Rússia, nos meses de abertura do ano de mercado. A competição em 2015/2016, no entanto, tem sido exacerbada por carregamentos dos estados Bálticos.
A dura competição no exterior pode minar o benefício de uma colheita de boa qualidade na França e deixá-la com exportações menores que na temporada passada, quando o país teve uma safra de baixa qualidade, mas que foi compensada com vendas de trigo para ração animal para a Ásia.
“O volume que está sendo enviado da França não é tão ruim. O problema é que tivemos uma colheita recorde e as exportações não estão sendo suficientes para equilibrar a oferta”, disse Alexandre Boy, da consultoria Agritel.
O suprimento mais barato do Báltico -- Letônia, Lituânia e Estônia-- também está contendo as exportações alemãs.
“Não vejo nada no horizonte que possa mudar essa situação. Basicamente, estamos esperando que os Estados bálticos vendam para que seja a vez da Alemanha de exportar”, disse um operador alemão.
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