A escassez de trigo também está mudando a rotina do setor de panificação, que trabalha com custos maiores, explica Vilson Felipe Borgmann, presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná (Sipcep). “Isso não ocorre exclusivamente pela quebra, mas também pela alta do dólar.”

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O dirigente relata que no começo do mês houve um reajuste no preço do trigo, e com a entrada do produto norte-americano vai haver nova pressão de custos. “Em dez a quinze dias deve vir uma nova tabela de custos, mas cada padaria vai definir se faz o repasse ou não.” O uso do trigo norte-americano não altera o sabor ou a qualidade dos pães e derivados.

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) fez uma expedição pelo Paraguai na última semana, que também teve as lavouras afetadas pela geada. Luiz Carlos Caetano, assessor técnico da instituição, relata que o Paraná seria um dos principais beneficiados pela compra no país vizinho. “Foi sinalizado que há entre 500 e 600 mil toneladas exportáveis, que ficariam disponíveis em cerca de 30 dias“, diz. O volume é inferior as 800 mil toneladas negociadas em 2012.

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