O Brasil amplia a produção de soja em 5 milhões e reduz a de milho em 6 milhões de toneladas nesta temporada em comparação com 2012/13, apontaram ontem as duas baterias de indicadores lançadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais do que o aumento na produção total de grãos – que abrange 15 culturas e, segundo os números oficiais, avança 2,5 milhões de t, atingindo pela primeira vez 190 milhões de t –, essa troca do milho pela soja será determinante para a renda da agricultura.
Considerando os preços pagos ao produtor do Paraná, 5 milhões de toneladas de soja representam R$ 5,2 bilhões de renda bruta. Por outro lado, 6 milhões de toneladas de milho que deixam de ser produzidas renderiam R$ 2,4 bilhões. O cereal perdeu área para a oleaginosa, que historicamente vale o dobro mas atualmente tem vantagem ampliada. Cada saca de soja equivale a 2,7 sacas de milho. O quadro, observado desde o início do plantio desses grãos, em agosto de 2013, deve influenciar também a safra 2014/15.
Saldo
R$ 2,6 bilhões é a vantagem aproximada que o agronegócio alcança nesta temporada com a estratégia de produzir mais soja e menos milho. A oleaginosa alcança 2,7 vezes o valor do cereal.
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