A cada criança que nasce, uma árvore é plantada em áreas de recuperação de mata nativa de Londrina. Além disso, a mãe recebe uma muda de árvore frutífera, que pode plantar onde achar melhor. Esse é o projeto Bosque da Vida, colocado em prática neste ano pela cooperativa Unimed Londrina. A iniciativa soma 800 árvores nativas (sem contar as frutíferas) e recebeu o Prêmio Cooperativa do Ano Meio Ambiente.
Os autores do projeto, Fabio Pozza e Fabianne Piojetti, partiram da idéia de neutralizar os gases do efeito estufa emitidos pela Unimed. Uma avaliação técnica indicou que seriam necessárias 267 árvores por ano. Com a idéia de plantar uma árvore por nascimento, a meta foi ultrapassada rapidamente.
O projeto ajuda a campanha da ONG Meio Ambiente Equilibrado, que tenta restaurar o corredor de mata ciliar de 30 quilômetros entre o Parque Artur Thomas, na zona urbana de Londrina, e o Rio Tibagi. A meta é 500 mil árvores em dez anos.
O objetivo do Parque da Vida "não é só a neutralização do CO2, mas a sensibilização das pessoas. Não sabemos de nenhuma mãe que não tenha plantado a árvore frutífera que ganhou no nascimento de seu filho", relata Fabianne Piojetti. "Adotamos na Unimed a política de gastar menos água, energia, plástico e de reciclar o que for possível", conta Pozza. "Avançamos na política de neutralização da emissão de gás carbônico."
As mudas de árvores nativas custam R$ 5,5 despesa do cultivo por cinco anos, tempo necessário ao resgate de gás carbônico. O CO2 deve ficar na floresta, que compõe áreas públicas e de reserva legal. As árvores frutíferas são doadas pelo Instituto Ambiental do Paraná.
Para a turismóloga Vânia Biondo, que plantou uma pitangueira logo após o nascimento de seu segundo filho, a iniciativa cria uma relação afetiva entre as pessoas e a natureza. Ela acredita que as crianças vão dar valor especial às árvores que foram plantadas por seu nascimento.