Pecuaristas paranaenses que ainda não imunizaram o seu rebanho têm até a próxima segunda-feira para vacinar bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. Nesta primeira etapa da campanha nacional de vacinação, a imunização é obrigatória apenas para animais com até dois anos de idade no Paraná. Em todo o estado, a meta é vacinar 4,6 milhões de animais, cerca de metade do rebanho total. Até o momento, contudo, apenas 30% dos pecuaristas comprovaram a imunização junto à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
"O pessoal sempre deixa para comprovar a vacinação na última hora. Mas isso é normal e não deve afetar o resultado final", diz Walter Ribeirite, técnico do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) da Seab. Segundo ele, as chuvas de maio dificultaram um pouco os trabalhos, mas não chegaram a atrapalhar a campanha.
A vacinação é obrigatória para os animais com até dois anos de idade. Apesar de não precisar vacinar animais adultos, os pecuaristas continuam obrigados a declarar todo o rebanho junto às Unidades Veterinárias da Seab, inclusive os bovinos e bubalinos com mais de dois anos de idade. Para cada animal adulto não vacinado ou não declarado, o criador recebe multa de R$ 81,43, além de outras sanções administrativas.
Sem vacinação
Essa deve ser a última campanha de vacinação contra febre aftosa realizada no Paraná, conforme compromisso firmado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para reconhecimento do estado como área livre da febre aftosa sem vacinação. A proposta é que as campanhas de vacinação sejam substituídas por um sistema rigoroso de vigilância e controle de trânsito de animais. A expectativa é que o Mapa reconheça o novo status do Paraná ainda neste ano (entrevista acima). Atualmente, apenas o estado de Santa Catarina é reconhecido como livre da enfermidade sem precisar vacinar seu rebanho bovino.