O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) atualizou nesta semana as previsões para a safra 2015/16 no país e também traçou um prognóstico sobre como será a renda rural norte-americana neste ano. Não houve grande alteração nos fundamentos para a produção de grãos, resultando em um efeito limitado sobre as cotações no mercado internacional.
Os dados foram divulgados no relatório de oferta e demanda válido para o mês de fevereiro. No caso da soja, é esperada uma produção global de 320,5 milhões de toneladas em 2015/16, ante 319 milhões do relatório de janeiro. Os estoques finais mundiais também foram elevados em 1,4%, para 80,4 milhões de toneladas.
As previsões para a safra brasileira da oleaginosa se mantiveram estáveis em 100 milhões de toneladas. O mesmo ocorreu para os Estados Unidos, que deve colher 106,9 milhões de toneladas. Houve elevação de 3% nas projeções para a Argentina, chegando a 58,5 milhões de toneladas.
Para o milho houve incremento de dois milhões de toneladas na produção global ante a estimativa de janeiro, chegando a 970 milhões de toneladas. O Usda elevou em 3% as estimativas para a oferta brasileira, que deve chegar a 84 milhões de toneladas (considerando as duas safras). Não houve alteração nos números dos Estados Unidos (345,5 milhões de toneladas) e China (224,6 milhões de toneladas).
Renda no campo
Em outro relatório o Usda também projeta uma renda líquida rural de US$ 54,8 bilhões para os produtores norte-americanos em 2016, o que representa uma queda de 2,8% ante o resultado do ano anterior. O número está bem distante dos US$ 123,3 bilhões que consolidaram o recorde de 2013 nos Estados Unidos, quando uma quebra climática no país gerou uma forte alta nos preços das principais commodities agrícolas.
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