Governador atribuiu a insatisfação do público a um grupo de 100 pessoas.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

As vaias deram o tom à participação do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), na abertura do Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais 2015, promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), na manhã desta sexta-feira (4), em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Com a presença de 5 mil pessoas, as vaias foram puxadas pelo fundo da plateia, onde estava concentrado o público mais jovem.

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Os gritos de desaprovação eram ouvidos sempre que autoridades citavam o nome do governador, e chegaram ao ápice quando Beto Richa subiu ao palco para discursar. Em sua fala, ele evitou responder às vaias e ressaltou a importância do agronegócio para o desenvolvimento do estado.

Questionado sobre o assunto, Richa minimizou as manifestações contrárias a sua gestão. “Não é um grupo de 100 pessoas que vai nos intimidar. Nós sabemos que há um mal humor generalizado da população com a classe política. E aqui, no Paraná, eu implantei medidas duras e impopulares. Mas já estamos vendo o início de uma compreensão coletiva em virtude dos resultados que estamos apresentando”, afirmou.

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Diversas autoridades políticas prestigiaram o evento ao lado do governador. 

Com a presença maciça de políticos e dirigentes de entidades agropecuárias do estado, a cerimônia também foi marcada por tom especulativo sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Nas condições que estão hoje, ninguém é a favor ou tem o prazer de defender o afastamento, até porque nós somos democráticos e respeitamos os resultados das urnas. Mas o que preocupa hoje é a falta de condições de conduzir de forma segura o Brasil nesta crise”, disse Richa.

Para o deputado federal Ricardo Barros (PP), o clima político de Brasília é de total imprevisibilidade. “O Congresso Nacional está uma confusão. Realmente não há como saber como será o desenrolar desse caso”, relatou.