Valor Bruto da Produção Agropecuária cresce 4% em 2015 no Paraná

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O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná cresceu 4% acima da inflação em 2015, informou nesta quarta-feira (14) a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná. Em 2015, a pasta informa que o total fechou em R$ 77,8 bilhões, enquanto que em 2014 o valor tinha sido de R$ 75 bilhões. O índice é importante, pois ajuda a definir os repasses do governo do estado ao Fundo de Participação dos Municípios referente ao ICMS no próximo ano.

Os dois fatores que mais contribuíram para o bom resultado, segundo a Seab, foram a soja, com receita bruta de R$ 17,3 bilhões, e o frango de corte, com R$ 12,2 bilhões. Em seguida vem o milho, com R$ 6,4 bilhões. Os três somados, conforme o governo, chegam a um montante de R$ 5 bilhões a mais no ciclo 2014/2015 em relação ao ano anterior.

O governo também divulgou a previsão para o fechamento do VBP de 2016. Segundo as previsões, espera-se uma safra em torno de 35 milhões de toneladas de grãos no ciclo 2015/16 (3 milhões de toneladas a menos do que no ciclo 2014/15). O VBP deste ano deve superar os R$ 80 bilhões, mas com a inflação do período o recuo deve fechar em torno de 1%, em termos reais.

Outros setores

Outros setores que tiveram incremento no faturamento foram: batata, com acréscimo de R$ 421 milhões; criação de bovinos, com acréscimo de R$ 310 milhões; e café, com mais R$ 277 milhões.

Por outro lado, produtos como cana de açúcar e trigo, tiveram uma produção menor que em 2014, ainda que seus preços tenham se mantido acima da inflação, o VBP desses itens não superou o valor de 2014. O mesmo aconteceu com o segmento de abate de bovinos.

A produção de leite foi 2% maior em 2015 atingindo 4,8 bilhões de litros, porém os preços sofreram queda. Também houve aumento de produção na suinocultura e silagens para alimentação animal, mas os preços caíram.

O setor florestal, com participação de 5% no VBP, registrou queda de 10% na renda bruta - de R$ 4,2 bilhões para R$3,8 bilhões no período analisado. Já o segmento de madeiras para papel e celulose aumentou seu faturamento em 2,5%, com uma produção 8% maior.