Para o secretário municipal de Agricultura de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, o plantio direto coloca a cidade e a região na vanguarda da tecnologia. O desempenho da fazenda que venceu o concurso, segundo ele, também é reflexo do ambiente favorável e sustentável à agricultura nos Campos Gerais. “Aqui não se vê monocultura, mas diversificação com grãos, carnes, leite e silvicultura, entre outras cadeias produtivas.”
O secretário acredita que esse “cuidado” e essa “preocupação” são facilitadores para que a tecnologia possa expressar o seu potencial produtivo, como no caso do rendimento acima da média na propriedade em questão. “Cada vez mais, clima e meio-ambiente são variáveis fundamentais e condição ao êxito dos sistemas de produção.”
Na safra 2014/15, a produtividade média das lavouras de soja no Paraná foi de 3.290 quilos por hectare. No Brasil, 3.020 quilos/ha. O rendimento médio na propriedade de Alisson Hilgenberg, que coloca Ponta Grossa no topo da tecnologia no Brasil, foi praticamente o dobro do resultado nacional. Já o talhão premiado pelo CESB, com 8.500 quilos, rendeu 2,8 vezes a média nacional por hectare.
Essa é a terceira vez consecutiva que o primeiro lugar fica com o Paraná. No ano passado o vencedor foi um produtor de Guarapuava com 117 sacas/ha e em 2013 o título ficou em Castro com um agricultor que obteve 110,5 sacas/ha. O objetivo do Comitê Soja Brasil é incentivar e difundir as melhores práticas de cultivo em busca de aumentar a produtividade média das lavouras de soja no Brasil.
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