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A safra de grãos é recorde, mas os preços são menores. A oferta mundial abundante deprime as cotações internacionais, mas o dólar em ata mantém o mercado interno sustentado. Indicadores contraditórios têm gerado projeções conflitantes para o faturamento do setor agropecuário brasileiro em 2015. Enquanto a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) prevê alta de 3,4% no Valor Bruto da Produção (VBP) neste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta renda menor. Nas contas da CNA, o índice que mensura tudo o que é produzido dentro das fazendas do país deve atingir R$ 467,5 bilhões – R$ 15,4 bilhões acima do registrado em 2014 e R$ 4,4 bilhões a mais que o previsto no início do ano. Os cálculos do Mapa indicam um faturamento até maior, de R$ 459,4 bilhões considerando as atividades agrícola e pecuária, mas desenham tendência oposta: retração de R$ R$ 307 milhões no ano e de R$ R$ 37,9 milhões na comparação com a estimativa de janeiro. Mas há pelo menos um consenso: maior parte da renda do setor deve vir de apenas dois produtos. Soja, que sozinha deve gerar renda bruta de quase R$ 100 bilhões, e carne bovina, com R$ 87,4 bilhões na projeção da CNA e R$ 73,5 bilhões na estimativa do Mapa.

37% a 40% do faturamento bruto da agropecuária vêm de apenas dois produtos. VBP conjunto da soja e da carne bovina deve somar entre R$ 168,5 bilhões (Mapa) e R$ 187,4 bilhões (CNA).

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