A soja, que apresentou os melhores números, ficou com R$ 106,4 bilhões.| Foto: Henry Milleo/GAZETA

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) fechou 2015 em R$ 498,5 bilhões, valor recorde. Segundo o Ministério da Agricultura, responsável pelo levantamento, R$ 321 bilhões deste montante foram provenientes das lavouras e R$ 177,5 bilhões da pecuária. A Pasta informou ainda que a projeção para o VBP em 2016 é de R$ 503,57 bilhões, 1% mais do que o registrado no ano passado.

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Para o ministério, a safra de grãos 2014/2015 impulsionou o resultado. A soja, que apresentou os melhores números, ficou com R$ 106,4 bilhões. O milho, em segundo lugar entre os grãos, ficou com R$ 41,3 bilhões. A lista segue com cana-de-açúcar (R$ 50,3 bilhões), café (R$ 19,4 bilhões) e algodão (R$ 13 bilhões). Na pecuária, o melhor resultado foi o de carne bovina (R$ 73,8 bilhões). O frango registrou R$ 49,8 bilhões e o leite, R$ 27,8 bilhões.

O Centro-Oeste foi a região que mais se destacou no ano passado na agricultura. A região produziu, no segmento, R$ 92,5 bilhões. O VBP agrícola do Sul foi de R$ 87,4 bilhões e do Sudeste, R$ 82,7 bilhões. O Nordeste gerou R$ 34,4 bilhões e o Norte R$ 13,5 bilhões. Na pecuária, o ranking começa com Sul (R$ 58,1 bilhões) e segue com o Sudeste (R$ 44,6 bilhões), Centro-Oeste (R$ 42,7 bilhões), Norte (R$ 15,5 bilhões) e Nordeste (R$ 12,5 bilhões).

Segundo o ministério, preços agrícolas baixos foram uma das características de 2015. A maior parte dos produtos teve cotações abaixo das registradas em 2014. As maiores quedas ocorreram com amendoim (-14,9 %), arroz (-7,9 %), batata-inglesa (-6,1%), cana-de-açúcar (-6,7%), laranja (-4,3%), mandioca (-10,4%), uva (-19,7%) e leite (-7,3%).

A Pasta ainda divulgou projeções para 2016. Para a soja, a estimativa é de que o VBP fique em R$ 122,27 bilhões. O milho deve apresentar um recuo, de R$ 41,29 bilhões no ano passado para R$ 38,36 bilhões neste ano. O algodão também deve apresentar uma ligeira retração, de R$ 13,14 bilhões para R$ 12,79 bilhões.

Na pecuária, a carne bovina deve recuar de R$ 73,76 bilhões para R$ 72,06 bilhões; suínos, de R$ 14,37 bilhões para R$ 14 bilhões. Na contramão, o segmento de frangos deve crescer de R$ 49,76 bilhões para R$ 52,49 bilhões.

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