Mais caros, os agrotóxicos estão com mercado 25% menor no Brasil, mostram dados das vendas da janeiro a junho. E o setor de defensivos agrícolas prevê um segundo semestre também de vendas reduzidas, mesmo em meio ao plantio de uma safra de grãos recorde. O principal motivo é a alta do dólar e os estoques acumulados pelos produtores rurais.
“Como teve infestação (de pragas) mais baixa que o esperado na última safra, os agricultores estão estocados, principalmente de herbicidas e inseticidas. Isso deve refletir em baixa nas vendas”, disse a vice-presidente-executiva do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Silvia Fagnani. Compras antecipadas teriam sido casos raros.
As vendas de defensivos entre janeiro e junho ficaram em US$ 2,7 bilhões, 25% abaixo do mesmo período de 2014, segundo estatísticas do Sindiveg. O Brasil começa a plantar em meados deste mês a safra de soja 2015/16, que deverá ter uma leve elevação de área. Os agrotóxicos são comprados ao longo do ciclo da soja e do milho de verão.
Efeito cambial15 dos 25 Pontos porcentuais de queda nas vendas de agrotóxicos são atribuídos à alta do dólar, que foi de mais de 50% em 12 meses e encarece os insumos importados. Quadro deve afetar as vendas também durante a safra de verão.
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