Com a produção de grãos em alta e a tendência de aumento no faturamento do setor, houve crescimento expressivo nas vendas de caminhões no Brasil, especialmente da última safra para cá. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram vendidas 170 mil unidades de janeiro a dezembro de 2010 – 50% mais que a marca de 114 mil registrada em igual período de 2009.

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Para Laudio Luiz Soder, diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar), a facilidade de crédito somada à maior rentabilidade do frete agrícola estimularam as vendas de veículos pesados no estado. Os números da Anfavea abrangem todos os tipos de caminhões.

O presidente da federação que representa o setor, a Fetranspar, Luiz Anselmo Trombini, acredita que, mesmo com o aumento dos custos provocado por itens como diesel e pedágio, os transportadores responsáveis pelo escoamento da safra terão rentabilidade de 10% a 15% maior neste ano.

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"O Brasil está produzindo. Diante de uma estabilidade econômica, o empresário se sente motivado a inovar a frota. O que falta são profissionais dispostos a trabalhar (no transporte de produtos agrícolas)", pontua o executivo. Segundo ele, o Paraná é dono da terceira maior frota de caminhões do país, atrás de São Paulo e Minas Gerais.

Com o atraso no plantio e, consequentemente, da colheita da safra atual, a maior parte dos caminhoneiros do estado ainda espera por serviço. Hoje, o frete do Oeste do Paraná para o Porto de Paranaguá está em torno de R$ 40 por tonelada, enquanto nesta época do ano passado o preço superava os R$ 80 por tonelada.