São Jorge do Patrocínio – Todos os anos, o agricultor Antônio Fachina, de São Jorge do Patrocínio (Noroeste do estado), planta em torno de 5 mil pés de café. Se fosse comprar as mudas num viveiro particular, desembolsaria cerca de R$ 400 pelo milheiro. Mas ele participa de uma associação de produtores que mantém, no município, o único viveiro comunitário da região de Umuarama, onde as mil mudas de café saem por R$ 120.

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A união dos cafeicultores está fazendo a atividade sobreviver e até crescer. Segundo o secretário municipal da Agricultura, Francisco Spanhol, no final de 2004 e início de 2005 foram comercializadas todas as 350 mil mudas produzidas. Agora, o viveiro está repetindo a produção e mais de 80% das mudas já estão encomendadas. São mudas enxertadas das variedades Obatã e Iapar 59, as mais resistentes ao nematóide, praga que destrói as plantações.

Spanhol explica que, graças ao viveiro, o município está conseguindo plantar 100 novos hectares de café por ano. No total, já são 1.600 hectares com a cultura, o que representa 8,8% da área disponível para a agricultura. O café deixou de ser a principal atividade das propriedades para servir de diversificação.

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Antônio Fachina, por exemplo, utiliza 50% do sítio de 12 hectares com café. No restante, planta milho, feijão e mantém pastagem com gado. "O café é como um casamento, a gente entra e dificilmente sai", diz. O cafeicultor Rubens Mascari cultiva 26 mil pés de café em cerca de 30% do lote de 30 hectares. No meio do café, ele plantou banana maçã, uma fruta que se adapta fácil à região e tem comercialização da produção garantida. O cafezal deverá render 650 sacas, de 40 quilos em coco (com a palha).

Na safra 2004/05, o Paraná colheu 89,9 mil toneladas de café em 106.891 hectares. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria Estadual da Agricultura, a previsão para a atual safra, mesmo com a redução na área plantada em 2%, é de aumento de 40% na produção, que deve ficar acima de 119 mil toneladas. A safra passada registrou uma quebra devido à seca que castigou o estado.