Agrônomos, pesquisadores, professores, acadêmicos e outros profissionais ligados ao setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) encaminharam ao Governo do Paraná um documento que alerta sobrea as implicações de uma fusão entre os principais órgãos de lidam com a agropecuária do estado, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
As recentes propostas de reestruturação de empresas de pesquisa agropecuária no Brasil, como a Embrapa e de alguns institutos estaduais, sob a justificativa de cortar custos e melhorar a eficiência dessas empresas tem levado os pesquisadores a acalorados debates. Algumas pessoas ligadas ao setor temem que os cortes inviabilizem a pesquisa agropecuária, considerada vital para impulsionar a produção e geração de renda no meio rural, especialmente para os pequenos produtores.
Na carta endereçada ao governador Ratinho Júnir, os autores afirmam que é necessário que o governo do estado, em conjunto com a iniciativa privada e o terceiro setor, analise melhor “a decisão de fusão entre as duas importantes citadas instituições para que as políticas públicas a serem implementadas nos próximos anos atinjam os verdadeiros objetivos para os quais foram concebidas.”
A carta reafirma a importância história e a necessidade de se aprimorar o papel do Iapar na liderança da pesquisa agronômica no Paraná e que há “riscos” na reestruturação das autarquias, que poderia ocasionar “uma irresgatável perda de identidade institucional do Estado como liderança nacional científica e tecnológica na inovação neste setor, desconstruindo assim um dos principais pilares do sistema de agricultura paranaense.”
A chamada "Carta de Curitiba" foi produzida ao final do encontro batizado de "O Futuro da Pesquisa Agropecuária no Paraná: que rumo tomaremos?", que ocorreu na capital paranaense no dia 6 de maior.
As recentes propostas de reestruturação de empresas de pesquisa agropecuária no Brasil, como a Embrapa e de alguns institutos estaduais, sob a justificativa de cortar custos e melhorar a eficiência dessas empresas tem levado os pesquisadores a acalorados debates.
Representantes do setor temem que os cortes inviabilizem a pesquisa agropecuária, considerada vital para impulsionar a produção e geração de renda no meio rural, especialmente para os pequenos produtores.
Entre os palestrantes que participaram do debate na UFPR, que resultou na “Carta de Curitiba”, esteve o veterano pesquisador da Embrapa Eliseu Roberto de Andrade Alves. Segundo ele, os institutos de pesquisa precisam, antes de tudo, mostrar resultados e também saber como divulgar esses resultados. Somente assim os governantes e a população serão convencidos da importância dessas instituições para o país, diz Alves.
Veja a seguir a íntegra da “Carta de Curitiba”:
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