O Ministério da Agricultura anunciou nesta quinta-feira (13) que a China vai retomar as importações de carne bovina brasileira que estavam suspensas desde 3 de junho, quando uma notificação de um caso atípico de mal da vaca louca ocorrido no Mato Grosso levou o Brasil a suspender as importações do produto conforme determina o protocolo entre os dois países.
Segundo o Mapa, a China é o único país entre os importadores do Brasil que tem protocolo sanitário que exige a suspensão temporária das importações de carne quando detectado caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB). O anúncio da retomada das exportações foi dado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que recebeu a notícia da reabertura do mercado chinês nesta madrugada. A ministra reafirmou que vai continuar negociando um novo protocolo com as autoridades sanitárias chinesas.
A doença havia sido constatada em uma vaca de corte, com idade de 17 anos. Todo o material de risco específico para EEB foi removido do animal durante o abate de emergência, segundo o Mapa, e incinerado no próprio matadouro. “Outros produtos derivados do animal foram identificados, localizados e apreendidos preventivamente, não havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes. Não havia, portanto, risco para a população”, informou o ministério.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) já havia encerrado no início do mês o pedido de informações complementares do Brasil sobre o caso, o que, segundo o Mapa, mostrou que não há risco sanitário. As exportações de carne bovina continuaram normalmente para os demais países.
Segundo as normas da OIE, não houve alteração da classificação de risco do Brasil para a doença, que continuou como país de risco insignificante, a melhor possível para a EEB. Em mais de 20 anos de vigilância para a doença, o Brasil registrou somente três casos de EEB atípica e nenhum caso de EEB clássica.
Recentemente, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, visitou vários países asiáticos para tentar abrir a pauta de exportações brasileiras para o mercado asiáticos. Produtos de origem animal estavam na lista.