As chuvas que caíram em maior parte do Paraná no último final de semana foram insuficientes para devolver ao solo a umidade que as plantas de soja e milho precisavam, informam os técnicos da Secretaria de Agricultura do estado (Seab).
De acordo com a Somar Meteorologia, o maior volume de água caiu sobre o Sul do estado, mas numa área muito pequena, com chuvas variando de 35 milímetros a 50 milímetros. Ao Norte do estado, onde há maios déficit hídrico, os volumes ficaram entre 15 milímetros e 20 milímetros.
Na região Oeste, a previsão furou. As precipitações esperadas não ocorreram e o “drama” da agricultura continua em muitos municípios do entorno de Cascavel. Em Francisco Beltrão (Sudoeste), algumas áreas registraram até 70 milímetros de chuvas, noutras não caiu uma gota d’água, conforme Antoninho Fontanella, técnico da Seab no município.
Na região Central do Paraná, as perdas na produção de soja são estimadas entre 15% e 20%. José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, de Campo Mourão, avalia que a situação ainda é preocupante. "A soja que foi plantada tardiamente está quebrando e a cada dia sem chuva ela quebra mais", aponta. O dirigente confirma que as previsões iniciais da cooperativa não devem se confirmar, mas aposta que os preços podem compensar parte das perdas.
Em Guarapuava, as precipitações foram insuficientes para garantir o bom desenvolvimento das lavouras plantadas com cultivares de ciclo tardio. Os trabalhos de plantio de feijão e milho segunda safra chegaram a ser paralisados.
Na região de Jacarezinho (Norte), o cenário também é de preocupação. Os produtores apostavam em um bom desempenho na safra de verão e elevaram os investimentos, mas o resultado vai ficar abaixo do esperado, explica José Antonio Gervásio, técnico da Seab na região. "Há muita variação nas produtividades e na qualidade da soja colhida até agora, que é de cerca de 10% do previsto. O volume de ardidos está entre 8 e 9% [da produção] o volume de verdes é de 80 a 90%", relata.
Previsão
Nos próximos dias as chuvas devem continuar ocorrendo na forma de pancadas. "Mas é fato que essas chuvas irão paralisar as perdas e dar uma condição mais favorável ao desenvolvimento das lavouras em todo o Brasil", aponta o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Somar.
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