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No ano passado, geada transformou paisagem de plantações de chás na região de Curitiba | Jonathan Campos/gazeta Do Povo
No ano passado, geada transformou paisagem de plantações de chás na região de Curitiba| Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo

As próximas semanas prometem temperaturas mais baixas e possibilidade de ocorrência de geadas no Paraná. O avanço de massas de ar frio sobre o estado eleva as chances de incidência do fenômeno, sobretudo no Centro-Sul paranaense, explicam os meteorologistas. Apesar disso, ainda não há risco para as lavouras de milho safrinha, já em fase inicial de colheita.

Nesta terça-feira técnicos das regionais da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) já diagnosticaram a ocorrência do fenômeno em algumas regiões.  Em Guarapuava (Centro Sul) o fenômeno teve intensidade moderada, atingindo tanto áreas de baixada como as de altitude mais elevada. "A cultura mais vulnerável a estes fatores climáticos é o feijão 2ª safra, que está em plena maturação aguardando a colheita, mas com alta umidade e temperaturas baixas", aponta o técnico Dirlei Manfio. A mesma situação ocorreu na região de Ponta Grossa (Campos Gerais) e, conforme o técnico Luiz Vantroba, o impacto maior deve ser sobre as olerícolas.

Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Somar, prevê que também deve haver impacto em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul nas próximas semanas. “Esse deverá ser o padrão do tempo ao longo do mês de junho, ou seja, haverá passagem de frentes frias frequentemente sobre o Sul do Brasil”, explica. As frentes trazem chuvas, que, seguidas da entrada de massas polares, favorecem a ocorrência de geadas.

O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Renato Lazinski confirma a previsão. “Devem ocorrer geadas mais significativas no Centro-Sul do Paraná ao longo deste mês, devido à entrada de massas de ar frio mais intensas”, detalha. Ele indica que na próxima semana o frio deve se intensificar, mas sem riscos para a segunda safra de milho.

El Niño

Os especialistas também dão como certa a ocorrência do fenômeno climático El Niño (aquecimento das águas no Oceano Pacífico) no segundo semestre. “Os prognósticos indicam que as precipitações no Centro-Sul do Brasil devem ficar entre a média e ligeiramente acima da média para os próximos meses”, detalha Lazinski.

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