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Clima

Sequência de geadas causa estragos em lavouras e disparam preços de hortaliças

Adriano Bontorin, que plantou abobrinha em uma de suas propriedades, perdeu toda a lavoura | Antônio More/Gazeta do Povo
Adriano Bontorin, que plantou abobrinha em uma de suas propriedades, perdeu toda a lavoura (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

Após seis dias consecutivos de temperaturas negativas, os produtores do Paraná contabilizam os prejuízos causados pelas geadas. Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde são cultivados 37 mil hectares de hortaliças, folhosas e legumes, o fenômeno causou danos em plantações de abobrinha, alface, couve-flor, brócolis, chuchu, morango e outros. Os estragos já podem ser medidos nos preços, que subiram até 33% - como no caso do chuchu.

Levantamento feito com base nos dados da Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa), em Curitiba, revela que 10 produtos tiveram aumento expressivo de preço neste fim de semana, todos por causa das geadas (confira a lista no infográfico ao lado).

Em Colombo, na RMC, o produtor Angelo João Bontorin plantou chuchu, mas a expectativa de colher 300 caixas foi frustrada pelas condições meteorológicas. “Eu perdi tudo. Agora vou derrubar todos os pés e esperar até agosto para plantar. Meu investimento de R$ 3 mil foi perdido em um dia”, conta. O filho dele, Adriano Bontorin, que plantou abobrinha em outra propriedade, também perdeu toda a lavoura. “Eu vou duas vezes por semana à Ceasa, mas nesta semana já não poderei ir”, lamenta.

Milho safrinha

Os estragos causados pelo clima não se limitam à região da capital. O milho safrinha foi a principal cultura atingida no interior do estado. O gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, diz que ainda não existe um levantamento oficial de perdas. “Menos de 10% das lavouras foram colhidas até o momento”, relata. [A expectativa inicial era de uma colheita de 12,1 milhões de toneladas .

De acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral-PR), metade dos 2,2 milhões de hectares de milho safrinha do Paraná estão em áreas suscetíveis aos efeitos da geada.

Produtor de grãos em Cascavel (Oeste), Nelson Dal Galo, plantou 200 hectares de milho safrinha e já começa a contabilizar o prejuízo. “A geada foi forte demais”, diz, embora ainda não tenha quantificado a perda. Paulo Cézar Vallini, diretor do Sindicato Rural de Cascavel, também fala em quebra, mas diz que só poderá ter uma estimativa na próxima semana.

“ A folha [do milho safrinha] morreu toda, mas com o grão ainda não dá para ter certeza o que vai acontecer. Quebra vai ter, mas não sei de quanto.

Nelson Dal Galoprodutor rural na região de Cascavel

Na região de Maringá, a cooperativa Cocamar afirma que produtores relataram ter perdido entre 20% e 40% da produção de milho safrinha. Outra preocupação é com o cultivo de café e com a pastagem para o gado, que foi queimada com a geada. “Os estragos existem, mas neste momento ainda é prematuro quantificar as perdas. É possível que em uma semana tenhamos uma dimensão mais precisa dos danos”,diz o coordenador técnico de culturas anuais da Cocamar para a região Noroeste do estado, Emerson Nunes.

Plantação de hortaliças em Colombo amanheceu coberta por uma camada de geada que ainda podia ser vista por volta das 11h da manhã | Antônio More/Gazeta do Povo

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Plantação de hortaliças em Colombo amanheceu coberta por uma camada de geada que ainda podia ser vista por volta das 11h da manhã

Adriano Bontorim investiu em uma plantação de abobrinhas na RMC e a geada queimou todas as plantas nesta segunda-feira (13) | Antônio More/Gazeta do Povo

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Adriano Bontorim investiu em uma plantação de abobrinhas na RMC e a geada queimou todas as plantas nesta segunda-feira (13)

No detalhe é possível ver que todas as folhas dos pés de abobrinha foram afetadas na propriedade do produtor Adriano Bontorim | Antônio More/Gazeta do Povo

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No detalhe é possível ver que todas as folhas dos pés de abobrinha foram afetadas na propriedade do produtor Adriano Bontorim

Angelo João Bontorim teve toda a sua produção de chuchu, em Colombo, na RMC, perdida por causa da geada | Antônio More/Gazeta do Povo

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Angelo João Bontorim teve toda a sua produção de chuchu, em Colombo, na RMC, perdida por causa da geada

Foto mostra detalhe de hortaliça na propriedade de Cleiton Slongo, que investiu em cobertura das plantas | Antônio More/Gazeta do Povo

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Foto mostra detalhe de hortaliça na propriedade de Cleiton Slongo, que investiu em cobertura das plantas

Prejuízos na propriedade de Cleiton Slongo, em Colombo, na RMC, foram reduzidos com a cobertura das plantas | Antônio More/Gazeta do Povo

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Prejuízos na propriedade de Cleiton Slongo, em Colombo, na RMC, foram reduzidos com a cobertura das plantas

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