O Brasil faz um balanço dos pontos que podem estimular o desenvolvimento do agronegócio nesta semana em São Paulo. As discussões do congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) levantam esses fatores como caminhos decisivos para a economia do país.
O debate retoma questões muito conhecidas, como o desenvolvimento tecnológico, a sustentabilidade ambiental e financeira das atividades rurais, o aproveitamento intensivo de áreas já abertas. Por outro lado, esses temas mostram, em seu próprio potencial, que ainda não foram suficientemente levados a sério, que merecem ser revistos e reconsiderados enquanto estratégias de crescimento econômico.
O recado do agronegócio para os demais setores da economia e para o governo é muito simples: não são necessárias soluções mirabolantes e/ou inéditas para que o país volte a crescer. A melhor estratégia, neste momento, é reforçar apostas que estão dando resultados. E investir nessas estratégias significa investigá-las, explorá-las em todo o seu potencial.
Poucos ou praticamente ninguém discorda dessa linha de ação, mesmo entre os representantes do governo que participam do congresso da Abag. No entanto, na prática, a valorização do agronegócio em planos estratégicos ainda é considerada insuficiente.
Não se trata de deixar o setor de fora de cortes de gastos, de isentar o produtor rural da alta dos juros amargada por todos os setores. Mas de projetos que contemplem a grandeza do país em seu potencial de produtor internacional de alimentos.
A partir dessa concepção é que devem surgir projetos mais concretos de desenvolvimento econômico, com iniciativas orquestradas em uma mesma direção. O estímulo ao plantio direto na palha ou à integração de lavoura, pecuária e floresta não será, assim, uma ação isolada. Mas, sim, parte de um plano maior, num projeto de resultados também ampliados.