O campo sofreu um novo golpe na semana passada. O anúncio do segundo reajuste da energia elétrica somente em 2015 – 15,61% para o setor industrial e 14,62% para o consumidor residencial–, que começa a vigorar amanhã, irá elevar significativamente o custo de produção das atividades agropecuárias, mostra a matéria de capa de hoje do Agronegócio.
O aumento da luz é apenas mais um fator que eleva a conta do agronegócio. De acordo com estimativas da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), nos últimos 12 meses, o produtor rural está convivendo com a crescente dos gastos de todos os itens que compõem a “cesta básica” do campo: operações com máquinas e implementos, despesas com manutenção, mão de obra, sementes, fertilizantes, agrotóxicos e transporte.
Por outro lado, as cotações das commodities não estão compensando a elevação dos custos de produção. Ao contrário, o trigo e o milho safrinha, culturas de inverno que ocupam os campos atualmente, registram preços em queda. E as perspectivas futuras não são nada otimistas.
Para piorar, o consumidor também está sendo impactado pela série de reajustes imposta pelo governo federal. Além da energia elétrica, gasolina, alimentos, passagem de ônibus e impostos sofreram alterações para cima. Diante deste cenário, fica praticamente impossível produtores e indústrias agropecuárias repassarem, ao menos na totalidade, o aumento dos custos à população.
Ou seja, o campo está em uma encruzilhada. E não deve esperar contribuições práticas de Brasília. Na semana passada, em evento realizado em Curitiba, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), André Nassar, ressaltou que o governo considerou um aumento médio de 7,5% nos custos de produção das principais culturas para ampliar o montante do Plano Safra. Muito pouco por parte de um governo que tem no agronegócio um dos poucos, senão o único, setor do país que continua crescendo, gerando riqueza e emprego, diante da crise econômica nacional.
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