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Assim como na balança comercial, o desempenho do agronegócio não foi suficiente para garantir uma variação positiva no movimento de cargas no Porto de Paranaguá em 2014. Com 45,5 milhões de toneladas entre exportação e importação, o volume ficou 1,3% abaixo do registrado em 2013.

O recuo ocorre mesmo com a produção nacional de grãos 10 milhões de toneladas maior. O problema foi a queda no preço das commodities agrícolas no mercado internacional, o que desestimulou os embarques, principalmente no segundo semestre.

Os números divulgados no balanço apresentado pela autoridade portuária também confirmam Paranaguá como um dos principais terminais não apenas graneleiro, mas agrícola do país. A soja foi a carga mais exportada com 7,5 milhões de toneladas. E o farelo, com 5,18 milhões de toneladas, amplia a participação da oleaginosa enquanto derivado. Em seguida aparece o açúcar, que movimentou 4,4 milhões de toneladas e o milho 4,2 milhões de toneladas.

No ambiente agro, destaque também para os fertilizantes, que além do volume garantem o chamado frete de retorno e contribuem para reduzir ou diluir o custo do transporte. Os fertilizantes representaram metade do movimento na importação, com 9,7 milhões de toneladas.

O maior impacto no volume menor movimentado entre um ano e outro veio dos graneis líquidos, que em 2014 registraram 4,47 milhões de toneladas contra 4,8 milhões de toneladas.

VBP em alta

Na contramão do resultado aquém do potencial verificado no Porto de Paranaguá, o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuaria apurado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) teve variação positiva. Em 2014 foi a R$ 463,9 bilhões, aumento de 2,6% sobre em 2013. Na divisão entre agricultura e pecuária foram R$ 291 bilhões de receita primária às lavouras e R$ 172,9 bilhões à pecuária.

Apesar da participação menor, a pecuária foi o grande destaque no período. Praticamente todos os setores dentro do segmento cresceram e contribuíram para um desempenho de 10,8% do valor em 2014. A liderança veio da carne bovina, que cresceu 12,9%. Depois aparecem carne de frango com 12%, ovos (10,4%) e leite (8%).

O resultado do VBP de 2014 reforça, mais uma vez, um cenário que o mercado já apontava no segundo semestre do ano passado. Que 2015 será o ano da carne. Na verdade, será o ano do boi. Trocando por miúdos, o Brasil deve se consolidar como o maior exportador de carne bovina. E se preparem! A picanha deve ficar mais cara no país.

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