O tamanho da agropecuária brasileira ainda é algo desconhecido. Seja nas pequenas áreas do Sul (muitas com menos de 10 hectares) ou nas fazendas gigantes do Centro-Oeste e do Centro-Norte (em aglomerados que passam de 50 mil hectares por empresa ou produtor), a tendência é de expansão no cultivo de grãos. E há variações de clima, solo e altitude que ampliam o leque de opções, cada vez mais estruturadas.
A bateria de viagens realizadas pela Expedição Safra Gazeta do Povo 2013/14 – que começou em outubro e terminou último domingo, com 10 mil quilômetros de estradas para verificação do plantio do Sudeste à nova fronteira agrícola do Nordeste – comprova tanto esse potencial quanto um novo passo na ampliação do plantio de grãos. Em sua oitava edição, o projeto testemunha uma aposta recorde na soja, que é mais do que simplesmente uma mudança no meio rural.
O gigantesco potencial econômico do agronegócio beira as rodovias. Em suas viagens, a Expedição percorre centenas de quilômetros contínuos de Cerrado e pastagens degradadas em regiões onde há mais de 1,2 mil milímetros de chuva ao ano – mínimo considerado necessário para viabilizar o cultivo de soja.
Outra questão decisiva é o perfil profissional que vem sendo adotado na atividade fim e na administração das unidades produtoras. O agropecuarista brasileiro vem dando passos largos em busca de redução de custo e competitividade. Sem dúvida, está mais ligado ao mercado internacional, mais atento às tendências do setor e mais bem informado do que há sete anos, quando a Expedição Safra colocou os pés na estrada.
Embora os avanços na infraestrutura estejam ocorrendo mais lentamente do que se previa – como mostra a reportagem de capa desta edição, sobre armazenagem –, o país do agronegócio é maior do que seus problemas. E o mais importante, continua crescendo.
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