A aposta do agronegócio na soja, confirmada ano após ano num ciclo de expansão que não tem prazo para terminar, traz consequências positivas e negativas para o Brasil, mostra o caderno Agronegócio desta terça-feira. Em época de cotações internacionais em baixa para a oleaginosa, o impacto nas contas do setor surge automaticamente e provoca preocupação generalizada. Será que o país poderá contar com superávit agro forte o suficiente para garantir balança comercial positiva, como ocorre desde o início da década passada?
A força da soja é tão grande que, mesmo num período de altas sem precedentes na bovinocultura de corte, o recuo do preço do grão terá influência mais forte nas contas de 2015 e também no resultado da balança comercial da agropecuária. Trata-se de uma aposta, que tem de ser assumida em bons e maus momentos.
Apesar dos indicadores que apontam para um resultado pior que o esperado na renda agropecuária, não se fala no fim do ciclo de expansão da soja. E por razões sólidas. As previsões de crescimento no consumo de alimentos continuam em pé. E a China, principal importador, segue ampliando compras.
Diante desse cenário, o que fica claro é que houve sim recuperação dos estoques. E que uma safra recorde nos Estados Unidos somada a uma safra cheia nos três principais exportadores da América do Sul (Brasil, Argentina e Paraguai) é suficiente para derrubar preços. Mas isso não significa que o setor produtivo colocou o carro à frente dos bois. O mercado global continua pedindo ampliação contínua no volume de alimentos, seja por ampliação do cultivo ou da produtividade.
Como a produtividade é irreversível e as indústrias continuarão investindo em novas pesquisas, o setor terá que dosar a oferta revisando o tamanho das lavouras anuais. É fundamental também ganhar competitividade, ou seja, racionalizar custos, melhorar a logística, investir em infraestrutura, resolver gargalos. Quem fizer o trabalho de casa deve garantir lucratividade mesmo em períodos de crise.
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