A previsão de que a safra de soja será recorde e deve se aproximar de 93 milhões de toneladas – lançada na última semana pela Expedição Safra Gazeta do Povo --, não é uma aposta em clima favorável, mostra esta edição do Agronegócio. O volume foi reduzido em 3 milhões de toneladas, diante dos altos e baixos que alteram o potencial das lavouras. Há confirmação de perdas expressivas, que não estão sendo totalmente compensadas pelas regiões beneficiadas pelas chuvas.

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A maior parcela das lavouras do país recebeu chuvas e deve ter clima úmido novamente na segunda quinzena de fevereiro. Os próximos dez dias, no entanto, terão pouca precipitação em regiões que vêm sofrendo períodos secos, como a nova fronteira agrícola que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba) e o Sudoeste de Goiás. São zonas de produção de grãos importantes para a economia do país, o que agrava o efeito da seca no Sudeste. Para esta região, especificamente, a previsão é de que o volume de chuvas aumente antes do fim do mês, em mais uma demonstração da distribuição desigual da umidade, que desta vez promete alívio para a cana-de-açúcar.

Novos ajustes nos indicadores de soja e milho serão inevitáveis ao longo da colheita, para cima ou para baixo. A expectativa no campo é que as perdas não se agravem, mas que a confirmação de queda no potencial – pelo próprio avanço das máquinas – eleve as cotações. A relação direta entre o que acontece no campo e o mercado faz com que, a todo momento, tanto o volume da colheita como a renda temporada sejam redefinidos.

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A equipe do Agronegócio continua em campo para acompanhar o andamento da produção num dos anos de maior variação nas marcas de produtividade. Técnicos e jornalistas mostram em tempo real pelo site www.AgroGP.com.br o que encontram na estrada. Nesta semana, a viagem será justamente pela região que vem relatando as maiores perdas: Goiás e Minas Gerais. O material terá também versão consolidada na edição da próxima terça-feira.