A exportação de soja do Brasil passa a usar de forma mais expressiva o transporte fluvial, como ocorre no Paraguai, na Argentina e nos Estados Unidos, mostra a edição de hoje do Agronegócio. A reportagem parte de dados consolidados para mostrar uma situação que ficou escancarada no campo.O assunto logístico do ano no Brasil é a estruturação dos portos do Arco Norte. Um complexo de terminais de embarque e transbordo se estabelece ao longo dos rios Madeira, Tapajós e Amazonas. Ao mesmo tempo, são inauguradas estruturas como a do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). Trechos maiores da Ferrovia Norte-Sul passam a ser usados para o transporte da produção agrícola. Novos trechos de asfalto se estendem a regiões como o Sul do Piauí. Uma onda que estimula o uso de hidrovias.A força da correnteza, no entanto, se apresenta como um fator inusitado. É como se o país estivesse aproveitando algo que sempre possuiu mas deixou de lado. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Brasil tem 42 mil quilômetros de hidrovias. Perto desse número, parece pequena a distância de 2,5 mil quilômetros percorrida pela soja que sai barcaça de Porto Velho (RO) com destino a Belém (PA) –a maior extensão navegada no sistema de exportação de grãos brasileiro.É claro que a navegação está sujeita às condições climáticas, como ocorre nos Estados Unidos quando há baixa no Rio Mississippi e o transporte acaba sendo transferido para ferrovias e rodovias. Na hidrovia do Tietê, em São Paulo, as operações com soja caíram pela metade e chegaram a ser interrompidas no último ano. Porém, não há dúvida de que esse potencial precisa ser aproveitado da melhor maneira possível.Por enquanto, a iniciativa privada é que tem tomado a frente na estruturação das hidrovias. Neste mês, a Amaggi Navegação, por exemplo, coloca em operação um terminal de R$ 450 milhões em Porto Velho que adiciona 1,5 milhão de toneladas à capacidade de embarque fluvial da capital de Rondônia. A redução no custo do frete abre margem para investimentos de peso em infraestrutura, criando também no âmbito dos negócios uma correnteza de força.
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