O ritmo menor de crescimento na produção brasileira de grãos – anunciado dois anos atrás – ganha contornos reais na safra 2015/16, mostra a edição de hoje do Agronegócio. Com renda limitada, o setor produtivo pensa duas vezes antes de abrir mais lavouras, mas adota estratégias de sobrevivência que mobilizam o setor.
A expansão de 1,8% no plantio em Mato Grosso ainda é reflexo de um planejamento de longo prazo. A temporada 2015/16 mostra-se de alto risco, pelas tendências contraditórias que influenciam os preços e pela instabilidade da economia e do câmbio, um quadro que se agrava se considerado o risco de redução na demanda chinesa.
Por outro lado, o produtor tem previsões meteorológicas para acreditar num clima menos oscilante que o de 2014/15. É possível avançar em produtividade e, com vendas acertadas, garantir boa rentabilidade.
O jeito é arregaçar as mangas. A mobilização começou em Mato Grosso e deve se estender a toda a agricultura do país, do Rio Grande do Sul a Roraima. O aperto é inegável, mas não forte o suficiente para inverter tendências ou tirar o agronegócio de seu caminho.
Não se trata de um ritmo menor de crescimento causado por problemas no campo. No Paraná, o Valor Bruto da Produção (VBP) cresceu apenas 2% de 2013 para 2014, chegando a R$ 70 bilhões. O índice representa um terço da inflação de 6,4%. Com lucros limitados, o produtor tem menos dinheiro no bolso para investimento de risco.
Em 2015, será necessário não só produzir bem. Exige-se mais precisão do que nunca nas vendas. Motivo suficiente para mobilizar o setor em análises de mercado e de informações. E para esquentar os seminários da Federação da Agricultura do estado, a Faep, que ocorrem nas próximas semanas em Ponta Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel, Medianeira, Cornélio Procópio, Londrina e Maringá.
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