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Para aumentar a produção de grãos em escala, o agronegócio precisa de mais terras, mais sementes, mais adubos e mais defensivos agrícolas. A cadeia ganha complexidade, abre espaço para novos serviços e produtos. Consequentemente, gera também mais resíduos. A edição de hoje do Agronegócio mostra o resultado de uma reportagem que foi verificar se o programa de logística reversa, principal  iniciativa de preservação ambiental, vem acompanhando essa onda de expansão.

Reformulações na coleta de embalagens de agrotóxicos, reposicionamento das centrais de recebimento, implantação de novas usinas de reciclagem tornaram-se medidas necessárias no esforço coletivo e permanente para a destinação correta dos resíduos. Está claro que os ajustes terão de ser contínuos e que isso manté o programa como referência internacional. Uma iniciativa que inspira outros segmentos do campo e da cidade.

Os resíduos do campo não se resumem às embalagens dos agrotóxicos. O país ainda pode avançar, por exemplo, no aproveitamento dos dejetos dos animais para produção de gás, na economia de água, no uso de insumos com precisão. A preservação das nascentes de água depende de mais cuidado nas fazendas — e também nas estradas e zonas urbanas.

Atualmente, segundo o Sistema Campo Limpo, 94% das embalagens de agrotóxicos que chegam ao campo são recolhidas. Esse índice é bastante alto se comparado aos de outros setores. Apenas 60% das cidades brasileiras fazem algum tipo de coleta seletiva de lixo, conforme o governo federal.  E só 3% do lixo urbano passa por reciclagem (perto de 30% poderiam ser reciclados).

Existe margem para avanço no ambiente rural e no urbano. Iniciativas que estão mostrando resultados não devem ser perdidas de vista. Além de rigor ambiental, o desenvolvimento sustentável requer clareza na identificação de caminhos acertados e consciência de que sempre é possível fazer mais.

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