Com duas equipes na estrada, a Expedição Safra passou a última semana conferindo a produtividade de lavouras de soja e milho de verão no Centro-Oeste do país. As reportagens desta edição do caderno Agronegócio trazem, em meio à discussão sobre logística, avaliações de produtores e técnicos. O potencial das lavouras não está sendo atingido em muitas regiões, mas prevalecem as indicações de que a safra deste ano tende a ser melhor que a do ano passado.

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Esse avanço é sustentado pela ampliação das lavouras, confirmada em Mato Grosso, e pela constatação de que o rendimento dos campos, apesar de quebras consideráveis, deverá crescer, proporcionando um ano de retomada em Mato Grosso do Sul. Esses são os dois primeiros estados visitados pelas equipes de técnicos e jornalistas que estão em campo e seguem viagem pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e pelo Paraná.

As discussões sobre logística são o tema central da Expedição nesta temporada, que deve render volume recorde de soja e agravar os problemas do escoamento. O transporte está pelo menos 30% mais caro e pouca coisa mudou desde o ano passado. Não houve duplicações ou abertura de novas rotas de ferrovias entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Pelo contrário, a safra recorde de milho de inverno fez com que as rodovias continuassem sendo utilizadas na “entressafra” sem a costumeira folga. O desgaste ampliou a importância das obras de recuperação, insuficientes em muitos trechos.

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O aumento na produção representa agravamento proporcional de problemas logísticos. Mas a cadeia da soja não se deixa intimidar. A equipe que percorreu Mato Grosso foi até Porto Velho, em Rondônia, onde os grãos são escoados em barcaças para que sejam exportados, a partir do Rio Madeira, pelos portos do Nordeste. E a BR-163, no território do Pará, torna-se uma rota de atoleiros, dificultando o embarque pelo Rio Amazonas, na região de Santarém.