A capacidade armazenagem deixou de ser uma carta na manga dos agricultores ligada apenas à comercialização da produção de grãos. Investir em silos e estrutura de secagem garante não só poder de barganha diante do mercado, mas ajuda na própria logística interna das propriedades rurais. A disponibilidade de espaço coberto maior se tornou indispensável para que a colheita possa ocorrer na hora certa, preocupação que determina a ampliação dos investimentos, registrada na reportagem de capa desta edição do Agronegócio.

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A ampliação da produção de soja e milho aumenta automaticamente a necessidade de manobras na agricultura. A soja tem ciclo mais curto e o prazo da colheita também vem sendo abreviado. Além disso, máquinas cada vez mais rápidas permitem a retirada dos grãos do campo em tempo recorde. Ou seja, as mudanças que determinam o crescimento da colheita pedem mais infraestrutura de armazenagem.

Os silos vêm sendo esvaziados rapidamente, pela própria demanda internacional por soja e milho. Mesmo assim, falta espaço. Bastou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) adiar a retirada do trigo depositado em armazéns privados para que o milho fosse removido a distâncias maiores que as de costume no Sudoeste do Paraná, por exemplo. E esse problema tende a se agravar pelo contínuo aumento do plantio e da produtividade.

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Além disso, o setor prefere não dar a liquidez atual como certa nas próximas temporadas. Só uma estrutura de armazenagem mais adequada permitirá uma comercialização tranquila quando os preços dos grãos não se sustentarem na hora da colheita. Quem tiver condições de esperar alguns meses para vender deverá sair ganhando sempre que houver baixas sazonais. Vale lembrar que a ampliação dos armazéns favorece também o consumidor. No longo prazo, preços mais equilibrados são salutares para todos os elos da cadeia produtiva e evitam solavancos no custo dos alimentos.

Desafio da Soja tem 250 paranaenses

O ciclo 2012/13 do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja encerrou as inscrições na última semana com mais de 1,1 mil inscritos – 251 paranaenses. A iniciativa do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) visa localizar e difundir novas técnicas que elevem a produtividade da oleaginosa. Os vencedores ganharão uma viagem técnica aos Estados Unidos e terão a possibilidade de apresentar os resultados no 4º Fórum Nacional de Máxima Produtividade,  no dia 27 de junho em Cascavel (Oeste) . Na última edição o produtor Ely de Azambuja Germano Neto, de Arapoti (Campos Gerais), foi vice-campeão nacional e vencedor da região Sul na categoria soja não irrigada, com produção de 103 sacas/ha.