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A nova fronteira agrícola que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o Matopiba, vive um quadro pouco comum no Brasil. A abertura do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) é um investimento em infraestrutura que estimula o crescimento da agricultura na região, mostra a edição de hoje do Agronegócio.

Num país onde a sobrecarga logística é problema crônico, qualquer impulso à produção que venha de investimentos em infraestrutura torna-se um ponto fora da curva. O que normalmente ocorre é exatamente o contrário, com falta de transporte, armazéns e estrutura portuária.O Matopiba tem condições de produzir, já a partir desta safra, 10 milhões de toneladas de soja.

Esse é o volume que o Tegram poderá exportar quando os investimentos previstos forem concluídos. No entanto, apesar de ainda contar com poucas agroindústrias, a região deverá processar um volume cada vez maior de grãos, reduzindo a demanda sobre a logística de exportação.

O mercado de consumo do Nordeste cresce e abre espaço para a estruturação de cadeias como a do frango, a exemplo do que acontece no Sul do país. O uso maior de ração, por sua vez, reduz a carga de grãos para embarques – a não ser que o cultivo cresça mais rápido.Esse entrelaçar de tendências faz do agronegócio da região um caso à parte na economia brasileira. Mesmo com os problemas climáticos dos últimos anos, o setor está certo de sua vocação para produção e exportação cada vez maiores de alimentos. São justamente essas projeções que justificam o investimento de R$ 600 milhões no Tegram.

E boa parte do potencial da região ainda não vem sendo explorada. Não se trata de derrubar floresta ou dar grandes saltos em produtividade. O aproveitamento de áreas já abertas e subutilizadas é considerado suficiente para o avanço esperado pelos investidores. E mesmo em logística, além da ferrovia e das rodovias, há condições para o transporte hidroviário, uma alternativa que coloca a região ao lado das mais competitivas do mundo.

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