A partir desta terça-feira, o caderno Agronegócio passa a mostrar em reportagens especiais a agricultura familiar brasileira. O projeto Expedição Agricultura Familiar está no Rio Grande do Sul e, até o final de outubro, vai até a região das frutas tropicais do Vale do São Francisco, no Norte da Bahia. Mas o que buscamos é mais do que simplesmente retratar o setor. É apresentá-lo em seu ambiente transformador, investigar seu potencial de expansão e de corresponder a grandes expectativas.
Será a agricultura familiar capaz de trazer desenvolvimento econômico a regiões que ainda têm índices de desenvolvimento humano rasos? O sistema de produção tem condições de assumir responsabilidade cada vez maior como método de combate à fome? Afinal, por que o Brasil se tornou referência internacional em distribuição de renda com a agricultura e a pecuária?
Uma questão aparentemente óbvia tem surgido desde o início do planejamento do projeto: o que é agricultura familiar? A produção de alimentos comandada por núcleo familiar tem inúmeros aspectos que extrapolam conceitos tradicionais. A renda pode ultrapassar a de uma média empresa. A área necessária para sobrevivência pode ser maior que as delimitações legais (quatro módulos fiscais). A necessidade de crédito pode ir além dos valores oferecidos pela política de fortalecimento da agricultura familiar.
Essa questão inicial continua parcialmente sem resposta. O que vamos apontar com o trabalho de campo deve ajudar a revelar a essência do setor. Suas dimensões, seus desafios e sua importância. E, se chegarmos a nosso objetivo final, as informações levantadas em campo vão ajudar a traçar caminhos e a derrubar os mitos que cercam a atividade.
A equipe do Agronegócio continua também de olho na safra de verão, que começa a ser plantada com clima favorável e preços corrigidos pelo câmbio. E isso será assunto para a Expedição Safra, que começa em outubro. Para acompanhar a agropecuária acontecendo em tempo real, acesse www.agrogp.com.br.
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