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A produção brasileira de grãos segue rumo crescente e atravessa um momento de recuo na rentabilidade, mostra a edição de hoje do caderno Agronegócio. No médio e longo prazo, as perspectivas são de crescimento, com expansão em mercados imensos como a ainda pouco conhecida Índia.

Uma equipe da Expedição Safra Gazeta do Povo desembarca hoje no país asiático, justamente para apurar até que ponto a relação comercial bilateral tem condições de avançar. Para isso, será necessário detalhar a relação indiana de oferta versus demanda por alimentos, desvendar características peculiares desse mercado.

O interesse pela Índia envolve mais do que a exportação de grãos. Empresas de logística e serviços enxergam oportunidades de negócios e investimentos. Dependendo do avanço desses projetos, o país asiático representará mudança significativa na economia brasileira.

Muitas questões estão para ser respondidas. A Índia tem potencial para causar transformação comparada à registrada após a aproximação do agronegócio brasileiro com a China? Se isso ocorrer, o foco do Brasil deve deixar de ser o mercado europeu de vez. Os indianos tendem a importar mais do que produtos primários?

O crescimento do consumo de alimentos do país de 1,2 bilhão de habitantes promete dar equilíbrio aos preços das commodities. No entanto, essa possibilidade ainda é pouco considerada inclusive no planejamento da produção. Focado na China, o mercado reflete as variações de oferta e demanda das regiões que monitora, deixando muitas vezes o longo prazo de lado.

Ao assumir a dianteira na produção e exportação de soja e ocupar cada vez mais espaço no mercado do milho, o Brasil precisa de informações estratégicas. A abertura de novos mercados é a saída para que a rentabilidade não dependa – como ocorre no cereal – de quebra de safra em países concorrentes.

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