Os investimentos do agronegócio foram tema constante na última semana, a começar pela confirmação de aumento de 17% no orçamento do crédito rural. Foram anunciados também grandes negócios, como a compra da Ceagro pela Mitsubishi. E a expansão não se restringe à agricultura, indicam os projetos da cadeia da carne de peixe. Esse quadro, detalhado na edição de hoje do caderno Agronegócio, mostra como os mais diversos elos do setor estão respondendo à perspectiva de crescimento na demanda por alimentos.

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A expansão do consumo asiático, confirmada no longo prazo, permite planejamento e investimentos sólidos na produção e destinação de commodities agrícolas. O crescimento da produção brasileira de grãos abre oportunidades gigantes em setores como o de construção de armazéns, que terá R$ 5 bilhões circulando por ano em financiamentos até 2018, conforme o governo federal.

Não se trata de negócios duvidosos. Os armazéns se pagam no médio prazo por ampliarem a margem de manobra dos produtores na hora da comercialização, relatam os produtores. Além disso, aliviam a pressão sobre rodovias, ferrovias e portos na época do escoamento. E, com juros de 3,5% ao ano, os financiamentos tornam-se menos pesados. Quem estava esperando para estruturar sua propriedade, não deverá perder tempo.

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Se a demanda asiática é capaz de alavancar empresas de Nordeste (no caso da Ceagro) a Sul do país (no caso das construtoras de silos), a demanda interna tem força para ampliar a rentabilidade da produção familiar pelo interior, aponta a piscicultura. O consumo de carne de peixe aumenta mais rápido que o de outras carnes, passando da casa de 7 quilos para a de 10 quilos por pessoa ao ano em meia década, aponta a consultoria Cogo.

O desafio é aproveitar tantas oportunidades de forma organizada e sustentável. A tarefa continuará exigindo planejamento e muita informação, para que cada investidor possa tomar a decisão mais acertada possível.