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Uma frase usada constantemente nas análises sobre o agronegócio brasileiro ganhou acréscimos. “Dentro da porteira, o produtor atua com excelência, mas, na comercialização e no pós-colheita, o país precisa melhorar”, afirmam sempre as lideranças do setor e os especialistas. Essa sentença aponta para a necessidade de novas providências essencialmente ligadas à oferta: planejamento das vendas, investimento em infraestrutura, reformulação da logística. No entanto, além desse horizonte, está a demanda e suas variáveis. É precisamente nesse campo que se encontram os apontamentos que definirão a sustentabilidade da agricultura e da pecuária. A edição de hoje do caderno Agronegócio aprofunda essa discussão e mostra, com dados reunidos no 1º Fórum de Agricultura da América do Sul, por que um monitoramento mais abrangente se tornou essencial.

Uma constatação decisiva é o fato de o Brasil e os países vizinhos representarem uma região fornecedora de grãos, proteína e agroenergia para o mundo. A importância da América do Sul não está apenas na agricultura brasileira ou na exportação de óleo argentina. O continente tem peso bem maior em seu conjunto, que precisa ser considerado em sua complexidade para um planejamento adequado.

No lado da demanda, a China tende a continuar sustentando cotações para soja e animando as do milho, mas o mercado da proteína e bioenergia é bem maior. Os países em desenvolvimento, que incluem a própria América do Sul, devem elevar seu consumo, abrindo um leque de oportunidades para a região que mais dispõe de terras e água no planeta.

O Fórum de Agricultura representou um pontapé inicial nesse processo, que deve ser contínuo. O desenvolvimento do agronegócio e da economia sul-americana vai depender de novas rodadas de discussões. Os dados, as informações e as análises são o caminho para um avanço mais consciente e sustentável.

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