A cadeia de produção de proteína animal sente cada solavanco da demanda por carne, mas faz questão de seguir linha ascendente, mostra a edição de hoje do Agronegócio, com reportagens sobre o cultivo de soja em Roraima, no extremo Norte do país, e a respeito do crescimento na criação de frangos. O setor tenta se antecipar a um consumo cada vez maior.

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Essa velocidade na lavoura e nos aviários evita escassez, contém os preços e permite a oferta de alimentos acessíveis a bilhões de consumidores de baixa renda. No médio e longo prazo, fideliza e amplia seu próprio mercado.

Não à toa, a agricultura e a avicultura tornaram-se setores cruciais da economia brasileira. Distribuem melhor a renda do que setores como o da cana-de-açúcar ou o da pecuária extensiva e melhoram o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das regiões produtoras.

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Seguindo a tendência de aumento no consumo mundial, a criação de frango toma proporção gigante no Paraná. O estado agora abate 5 milhões de cabeças ao dia. Isso significa que, a cada 38 dias, os aviários produzem um frango para cada habitante do país. Eram necessários 50 dias para isso até o ano passado.

E o Brasil abate 5 bilhões de frango ao ano, o que significa que a cada um ano e três meses é produzida uma ave para cada um dos 7 bilhões de habitantes da Terra. As exportações chegaram a 3,88 bilhões de quilos em 2013 – 1,14 bilhão de quilos a partir do Paraná.

A opção pela criação de frango no país que é líder em exportação de soja está ligada ao fato de as aves oferecerem a melhor conversão de grão em carne. Com cerca de 1,7 quilo de ração, pro­duz-se um quilo de frango. O suíno – carne mais consumida do mundo – exige 1 quilo de ração a mais por quilo de carne.

Dentro de uma década, o frango deve ser a carne mais consumida do planeta. E quem produz e exporta vai ocupar posição estratégica no mercado internacional de proteína animal. Cada passo nessa direção, determina um pouco do futuro do país.