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A produção brasileira de grãos cresce mesmo com problemas climáticos e num patamar que vai além do que o país consegue absorver, mostra a edição de hoje do Agronegócio com os números finais da Expedição Safra. São 87 milhões de toneladas de soja, o que garante folga de 45 milhões para exportação. No milho de verão, as 34 milhões de toneladas vão se somar à safra de inverno e a produção anual tende a passar de 70 milhões de toneladas, com sobra de mais de 20 milhões (t).

As equipes de técnicos e jornalistas que percorrem as principais regiões produtoras do Brasil no plantio e na colheita testemunham que esse movimento de expansão ocorre em função das cotações internacionais. E os fundamentos, conforme os analistas consultados durante e após as sondagens, estimulam o cultivo também em 2014/15.

Os mercado regionais seguraram os preços durante a safra, mas o produtor apostou que no final da colheita teria cotações mais elevadas – e acertou. Os preços da soja estão 25% além dos praticados um ano atrás.

Esse comportamento de adiar as vendas pode não ter sido o motivo da alta nos preços, que atendem ao mercado internacional, mas o fato de a estratégia ter dado certo é um estímulo para novo aumento na semeadura, dizem os analistas. Os planos devem ser confirmados após avaliação do comportamento dos preços e das tendências da produção dos Estados Unidos, nos próximos meses.

Resta agora aos produtores brasileiros confirmarem boas negociações. A comercialização vai definir o resultado financeiro da safra. Para quem perdeu parte da produção, é possível amenizar o efeito da quebra. Para quem colheu além da média, uma oportunidade de fazer caixa, garantir recursos para investimento.

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